Importância do Paricá (Schizolobium amazonicum)  na Indústria dos Compensados

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Olá Amigos Florestais, hoje quero comentar sobre  a relevância que o Paricá  (Schizolobium amazonicum) tem  adquirido na indústria dos  compensados . Atualmente o Estado do Pará é o estado que mais cultiva o paricá direcionada para a indústria do compensado, o interessante é que cada árvore produz de três a quatro toras de dois metros de comprimento, tamanho ideal para entrar no torno que retira as lâminas de compensado. Hoje o torno tracionado é fabricado em escala comercial.
O compensado é vendido no mercado interno para uso na construção civil. Um outro mercado importante é a exportação das lâminas de paricá solteiras, sem a montagem das placas. Um produto leve e que é muito cobiçado nos Estados Unidos para revestir pisos e paredes internas de casas de madeira.
Os resíduos da fabricação do compensado e as pontas de madeira que não servem para a laminação vão para a fábrica de MDF instalada em Paragominas. O MDF é uma placa de aglomerado de madeira que, pelo seu processo de fabricação, adquire boa resistência e estabilidade, características muito importantes para a indústria de móveis.
Em relação ao cultivo dessa espécie ele pode ser tanto consorciado quanto homogêneo. Já existem trabalhos desenvolvidos sobre o consórcio do paricá com milho, mandioca, feijão e girassol. São 60 milhões de pés de paricá que se renovam ano a ano e ajudam a preservar a floresta nativa. No Brasil, o eucalipto e o pinus ocupam quase 99% da área total de florestas plantadas. As outras madeiras, juntas, ocupam pouco mais de 1%, apenas. O paricá, pelas suas qualidades, pode se tornar a primeira espécie brasileira a disputar novos espaços num setor tão competitivo.


Rafael Pedroso
Engenheiro Florestal
CREA 16943/AM
 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB