Orientações para as Boas Práticas de Manejo da Castanha-do-Brasil

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Amigos florestais, fiquem a vontade no blog, hoje estou disponibilizando para todos vocês um Manual das Boas práticas do Manejo da Castanha-do-Brasil, baixem aqui mesmo.

Abraços Florestais... e não esqueça, se você gostou do Blog>>>> Divulgue-o!!!

Governo do Amazonas troca experiências em Manejo comunitário com outros Estados do Norte

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Notí
Nos dias 24 e 25 de novembro, o Governo do Estado, por meio dos técnicos da Gerência de Controle Florestal do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), participam em Brasília do seminário “Licenciamento para Manejo Florestal Comunitário”, promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente.
O objetivo do evento é facilitar o intercâmbio de experiências em manejo florestal comunitário entre os estados da Amazônia – Acre, Amazonas, Amapá e Pará - abrindo espaço para que compartilhem novas normas e procedimentos que venham a dinamizar ambiental e economicamente a atividade de planos de manejo.
Os engenheiros florestais do IPAAM, Sidney Rudhjá, Márcio Dalmo e Cristiano Santos, vão apresentar para os demais estados participantes como se dá o licenciamento de planos de manejo comunitário no Estado, suas dificuldades e seus resultados alcançados.
“O Plano de Manejo Florestal é a forma mais sustentável de exploração dos recursos da floresta, em especial o madeireiro pela grande relevância para a economia do Amazonas e para o controle do desmatamento, por isso o IPAAM participa com três técnicos deste evento, muito oportuno, promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro”, disse o presidente do IPAAM, Antonio Ademir Stroski. 

Conforme dados da Gerência de Controle Florestal do IPAAM, das experiências identificadas no Amazonas, 763 apresentam plano de manejo madeireiro protocolado no Instituto. Dentre estas iniciativas, 727 (95,29%) são consideradas “Manejo de Pequena Escala” e 36 são classificadas como “Manejo Comunitário” (4,71%), na sua maioria pertencentes às comunidades localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá.

Fonte: IPAAM

O carvão vegetal no Brasil e a produção de aço verde

sábado, 19 de novembro de 2011

O Brasil deverá desenvolver consistentemente a capacidade técnica e gerencial para melhorar e ampliar a oferta de aço verde, produto de alta qualidade e com grandes vantagens na conservação da biodiversidade nativa e na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
As emissões de GEE são geralmente relacionadas ao desmatamento e à queima de combustíveis fósseis nos motores veiculares, nos fornos industriais e nas termelétricas para a geração de energia elétrica. Além dessas importantes emissões a produção de aço, a matéria prima para a construção dos motores e das máquinas, é realizada essencialmente a partir de coque de carvão mineral, que também é um combustível fóssil.
O carvão mineral é o combustível mais poluente que a humanidade usa em termos de emissões de gases de efeito estufa, superando o petróleo e o gás natural, os outros dois tipos de combustíveis fósseis. Na indústria siderúrgica o carvão mineral é usado na forma de coque, a fonte de carbono para reagir com o minério de ferro (redutor) e produzir a liga metálica que denominamos de aço. A siderurgia é uma indústria de base imprescindível no desenvolvimento da sociedade. Alternativamente ao coque de carvão mineral na produção de aço, pode ser usado o carvão vegetal. O carvão vegetal pode ser considerado um coque renovável.
A matriz energética brasileira é reconhecidamente a mais limpa do mundo. Nela, quase a metade do consumo de energia primária é de fonte renovável: exatamente 47,6%, segundo o Balanço Energético Nacional de 2010 (BEN 2010, https://ben.epe.gov.br). Nesse total, hidráulica e eletricidade correspondem a 15,3%, 10,1% a lenha e carvão vegetal e 18,1% a produtos da cana-de-açúcar. Os 3,8% restantes provêem de outras fontes como eólica e solar.
Ao analisar as séries históricas do Balanço Energético Nacional (https://ben.epe.gov.br), verifica-se claramente que antes da Segunda Guerra Mundial, em 1940, o Brasil era um país essencialmente a movido a lenha. Mais de 80% do consumo da energia primária no país naquela época era atendido com lenha. Grande parte ou mesmo a totalidade da lenha usada era de origem nativa. De lá até os dias atuais, a taxa de crescimento da lenha e do carvão vegetal foi muito mais baixa do que a taxa de crescimento dos produtos da cana-de-açúcar. Os produtos da cana tiveram o mesmo vigor de crescimento do petróleo e da energia hidráulica. A lenha e carvão vegetal não. O crescimento gradativo da cana mostra o efeito claro da agregação tecnológica, evoluindo do engenho para as destilarias atuais. A lenha continua com seus tradicionais fornos produzindo o carvão vegetal, que, em 2010 teve a produção de 10 milhões de toneladas.
A oferta global de energia no Brasil cresceu quase 10 vezes em 70 anos, de 1940 a 2010. A oferta de lenha e carvão vegetal mais que dobrou, cresceu 1,2 vezes; porém a oferta de produtos da cana cresceu quase 78 vezes. A oferta de petróleo, gás e derivados cresceu 60 vezes. A oferta de hidráulica e eletricidade cresceu 106 vezes. Isso na prática significa que a lenha e o carvão vegetal tiveram uma brutal retração relativa ao longo desses anos. Entretanto, ao contrário da situação de 1940, a lenha utilizada para a produção do carvão vegetal é obtida tanto de vegetação nativa, quanto de florestas plantadas, principalmente, de eucalipto.
O produto final do carvão vegetal obtido de lenha de florestas plantadas é o "aço verde", um produto brasileiro com características únicas no mundo, capaz de ajudar na mitigação das emissões de gases de efeito estufa de forma vantajosa. A siderurgia a carvão vegetal no Brasil está basicamente concentrada no estado de Minas Gerais, com a metade do setor e na região de Carajás, que engloba Pará e Maranhão. Mato Grosso do Sul é uma nova fronteira e poderá vir a ser um campo apropriado para a inovação no setor, mas não o único.
O aço verde poderá ser uma bandeira com viés ambiental e sustentável que o Brasil levará aos fóruns mundiais. Isso é viável, pois a cadeia produtiva do carvão vegetal está ligada as demandas ambientais, sociais e econômicas. Assim, temos necessariamente que introduzir novos processos, novas tecnologias e novas aplicações para a lenha e o carvão vegetal no Brasil.
O caminho deverá ser com Políticas Públicas adequadas e parceria do tipo público-privado. Temos, obrigatoriamente, que aumentar a sustentabilidade e a renovabilidade na produção de lenha e carvão vegetal com controle na origem da matéria-prima e o seu aproveitamento integral como, por exemplo, realizando a recuperação do alcatrão e do bio-óleo. Devemos, por ser o país mais interessado no sucesso da cadeia produtiva do carvão vegetal, diminuir o consumo de matéria-prima proveniente da floresta nativa na produção de lenha e carvão vegetal com leis que sejam efetivas e inibam crimes ambientais.
Finalmente, podemos também viabilizar o uso de matérias-primas não florestais. Nesse campo, os resíduos agro-industriais e processos de carbonização e pirólise para produzir carvão usando essas matérias-primas serão inovadores. Podemos citar os briquetes siderúrgicos e carvão vegetal em pó derivados de resíduos agroindustriais e florestais como desenvolvimentos importantes a realizar.
Considerando-se que neste ano de 2011 celebra-se o Ano Internacional das Florestas e também o Ano Internacional da Química podemos juntar esses dois grandes temas e celebrar a Química Verde e incentivar a produção do Aço Verde.
 Fonte: José Dilcio Rocha é pesquisador da Embrapa Agroenergia

Código Florestal: deputados não descartam restituir projeto

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Preocupado com as alterações feitas pelos senadores no texto do projeto do novo Código Florestal Brasileiro, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), vai propor às lideranças partidárias a formação de "um grupo de acompanhamento informal" dos trabalhos na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Ele e outros parlamentares da base aliada e da oposição não descartam a restituição do projeto de lei relatado pelo deputado e atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), quando a matéria retornar à Câmara para análise final antes de seguir para sanção da presidenta Dilma Rousseff. Os deputados querem que pontos polêmicos sejam revistos.
A recomposição das áreas de preservação permanente (APPs) para quem tem propriedades rurais de até quatro módulos fiscais, por exemplo, é considerada improcedente pelo líder peemedebista. "É inviável recompor APPs que, ao longo do tempo, tiveram suas áreas construídas ou ocupadas por plantações ou pastos".
Henrique Eduardo Alves ressaltou, porém, que os deputados "não querem fazer do Código Florestal um novo royalties" ¿ disputa entre Estados produtores e não produtores para obter recursos oriundos da exploração de petróleo. Para ele, não há o que se discutir no que se refere à área consolidada. Por isso, o deputado não descarta a possibilidade de deixar a votação da matéria para 2012, pois se trata de um projeto "sensível", que exige tempo para discussão.
O deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR) tem acompanhado as negociações com o Executivo e as votações da matéria no Senado. Ele discorda da opinião dos colegas da Câmara. Segundo Stephanes, os senadores estão construindo "um bom texto que altera a forma (do que foi aprovado na Câmara) para evitar questionamentos jurídicos futuros". Para ele, seria uma "irresponsabilidade" transferir para 2012 a análise da matéria.
O deputado da base ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que as alterações feitas pelos senadores criam dificuldades aos produtores rurais, especialmente aos médios, com imposições, custos e burocratização. Apesar de considerar ainda prematura uma avaliação mais aprofundada, pois a matéria passará pela Comissão de Meio Ambiente e pelo plenário do Senado, Caiado pondera que mudanças são necessárias para que o texto de Aldo Rebelo não seja restituído pelos deputados, pontual ou integralmente.
"As empresas têm dinheiro para contratar profissionais e cumprir as exigências impostas no código como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a topografia do terreno e outras exigências que estão lá. Agora, você acha que o médio produtor ou o médio agricultor terá dinheiro para tudo isso", indagou o deputado.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente no Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), disse que os parlamentares terão que conduzir bem as negociações para evitar qualquer problema no retorno da matéria à Câmara. "Pode acontecer tudo (no texto do Código Florestal), inclusive a presidenta Dilma (Rousseff) vetar", disse Rollemberg à Agência Brasil.
Para ele, as negociações mais intensas se darão no processo de construção dos critérios para recuperação de APPs. Outro ponto "sensível", segundo ele, será definir "a data de corte" para que pequenos produtores reconstituam reservas legais.
Pelo texto que chegou à comissão, produtores de áreas de até quatro módulos fiscais terão um prazo para reconstituir as reservas. Será considerada, para isso, a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008. Porém, os ruralistas do Senado querem ampliar essa regra especial para quem tem propiedades até 15 módulos fiscais e beneficiar não só produtores, mas todos proprietários de terras em áreas rurais.
O relator da matéria, Jorge Viana (PT-AC), disse que buscará o entendimento até a votação em plenário, prevista para dezembro. Segundo ele, a intenção dos senadores é construir um texto que não seja questionado nos tribunais.
Fonte: Notícias Terra

Leitores do Painel Florestal mostram opinião sobre o novo Código Florestal

sábado, 12 de novembro de 2011







Entre o final de outubro e o início de novembro, o Portal Painel Florestal quis saber dos leitores qual a opinião da maioria a respeito do Novo Código Florestal Brasileiro. A sondagem foi feita por meio de um questionário composto por seis perguntas fechadas mais espaço para considerações.

O objetivo principal é saber a opinião corrente sobre a nova legislação do setor, mas a sondagem também serve como indicativo sobre o perfil do leitor do Portal. A primeira tabulação dos resultados indica, por exemplo, que mais da metade (54,05%) dos leitores que responderam ao questionário trabalham em empresa nacional que atua apenas no Brasil.


Do total, 48,65% admitem que o setor a que pertence não fez propostas e nem participou das discussões sobre o Código, mas 51,35% acreditam que o Código Florestal Brasileiro precisa ser mudado para promover o desenvolvimento setorial.



Um índice de 27,03% das respostas indicou a delegação de competência para legislar aos estados como fator mais importante para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro. Para a mesma questão, outros idênticos 27,03% apontaram a soma de Reserva Legal e APPs como o fator principal para o desenvolvimento, e ainda 18,92% disseram que o mais importante seria a cobrança de áreas desmatadas ilegalmente.


Para 35,14% dos leitores que participaram, a silvicultura brasileira cresceu e sempre respeitou o atual Código Florestal, além de ter ainda se certificado espontaneamente. Sobre esse ponto, no entanto, 29,73% disseram que a atividade deixou um passivo importante para trás.


Confira alguns dos comentários postados
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A diminuição a proteção da cobertura florestal, pode a princípio trazer lucro, no entanto compromete significativamente a manutenção e a qualidade dos corpos d'água, mais do essenciais a vida do homem na Terra. Isso sem considerar os danos a biodiversidade
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A impunidade dos que já desmataram não pode ocorrer.
A legislação brasileira é péssima e ultrapassada, diferentemente do Código Ambiental, que é o mínimo que deve ser seguido e respeitado.
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Acho o Brasil muito grande para um código Floresta único, acredito eu que cada Estado e Município tem que ter sua legislação própria, (manual único da leis sobre o meio ambiente).
A participação dos produtores e de todos os agricultores e dos moradores do campo tem que ser total. Acho eu que os Engenheiros Florestais que trabalham diretamente com os agricultores tem que ser consultados. O código Florestal feito no escritório no ar condicionado vai trazer mais problema que solução.
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Acredito que há necessidade de mudanças, pois o Brasil passou do ciclo extrativista (e isso não tem como reverter) para o ciclo de florestas plantadas, portanto a legislação passada era para uma situação. Precisamos urgentemente desse novo código pois ele trará uma nova segurança, tão necessária para o trabalho no campo
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Enquanto ruralistas e ambientalistas se comportarem radicalmente, o Brasil ficará à mercê de interesses estrangeiros que não querem que o Brasil explore suas riquezas, sob o falso argumento de que isso destruiria o meio ambiente. Meio ambiente aliás que só o Brasil, repito, só o Brasil assumiu o encargo de proteger, enquanto americanos e europeus fazem um discurso muito bonito mas dizimaram suas florestas para plantar milho e soja e plantam uvas nas encostas dos morros......
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Haver maior fiscal
ização aos profissionais não habilitados, que estão atuando na área florestal...

Fonte: Painel Florestal

ENERGIA: Floresta também é energia!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

  
Um dos maiores desafios deste século é a produção de energia renovável e sustentável, tanto no aspecto econômico quanto ambiental. O iminente esgotamento das fontes de carbono fósseis, principalmente o petróleo, apontado por pesquisadores para um prazo máximo de cem anos, torna este desafio ainda mais urgente. A atual crise de energia é acentuada pela instabilidade dos preços dos combustíveis fósseis, que são regidos pelo comércio internacional e afetados por questões políticas mundiais. Além disso, a sociedade mundial tem pressionado para o uso de energia limpa.

Diante desta realidade, o Brasil tem ocupado papel de destaque no cenário mundial pelo seu potencial e competência para realizar a transição da matriz energética de uma forma mais segura e menos traumática para a qualidade de vida, com garantia de abastecimento energético. Este potencial está baseado em quatro pilares: biodiesel; etanol; espécies alternativas e resíduos; e florestas energéticas.


A biomassa florestal é fonte renovável e tem balanço nulo no efeito estufa quando usada para energia e é excelente fixadora de carbono quando empregada para outros fins.


O Brasil possui florestas plantadas com potencial de crescimento e produtividade e extensas áreas com florestas nativas que podem ser manejadas de forma sustentável. Tais fatos trazem perspectivas animadoras ao país em relação à produção de biomassa para energia, com vantagem competitiva no cenário mundial.


Os usos da energia gerada pela biomassa florestal são diversos: desde lenha para abastecimento de residências, propriedades rurais e pequenas indústrias até produção de bio-óleo, briquetes e carvão vegetal. Tais usos podem ser melhorados e potencializados e, para isso, o País precisa investir em pesquisa científica.


O projeto "Florestas energéticas na matriz de agroenergia brasileira" surgiu frente a esse desafio. Com amplitude nacional e subdividido em cinco projetos componentes, interrelacionados, os grandes desafios do projeto são a produção de biomassa em escala, o desenvolvimento de tecnologias de conversão de biomassa em energia e o monitoramento ambiental, de forma sustentável. Seu objetivo é desenvolver, otimizar e viabilizar alternativas ao uso de fontes energéticas tradicionais não-renováveis por meio da biomassa de plantações florestais de forma sustentável.


Os projetos componentes são interrelacionados e se propõe a:

- Estruturar, nas diversas regiões do País, populações de espécies florestais para oferta de germoplasma com tecnologias silviculturais apropriadas e necessárias à expansão de plantios de florestas para a produção de biomassa em quantidade e qualidade apropriadas para uso energético;
- Desenvolver, otimizar e viabilizar alternativas de uso da biomassa florestal, como fonte renovável, para diversificar a matriz energética nacional de forma sustentável;
- Obter produtos de alto valor agregado da biomassa florestal, destinados a geração de energia, por meio do aprimoramento de tecnologias ou ajustes de processos para a obtenção de um extrato enzimático rico de atividade celulolítica e seu efeito na hidrólise de uma matriz lignocelulosica pré-tratada, pirólise, acidólise e oxidação parcial utilizando a mesma matriz;
- Efetuar estudos sobre a viabilidade, competitividade e sustentabilidade das cadeias produtivas de plantios florestais energéticos, bem como dos co-produtos resultantes na obtenção de biocombustíveis.

O projeto "Florestas Energéticas" é multi-institucional e conta com a participação de cerca de 70 empresas públicas e privadas de todo país lideradas pela Embrapa Florestas, Esalq/USP, Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Agroindústria de Alimentos.


Fonte: Florestas na Embrapa

Árvore nativa da Amazônia desperta a atenção de agricultores e empresas

domingo, 6 de novembro de 2011

A região amazônica ocupa quase 40% do território brasileiro. Abriga a maior floresta tropical do planeta com milhares de espécies vegetais e animais. Seu subsolo esconde tesouros de minerais raros e nascentes que formam uma gigantesca reserva de água doce. Apesar de toda essa riqueza, a exploração dos recursos da Amazônia é em grande parte feita de forma primitiva e predatória. É o caso da extração de madeira.

Todo ano são derrubadas cerca de três milhões de árvores na Amazônia. A madeira alimenta um mercado de mais de R$ 4 bilhões, mas só uma pequena parte da extração é feita com autorização dos órgãos ambientais e segue normas de manejo. Grande parte da madeira ainda sai de maneira ilegal, deixando para trás o caminho aberto para o fogo que antecede o plantio do capim usado na criação de gado de corte.

Só que é possível plantar árvores para a produção de madeira. As florestas cultivadas substituem o extrativismo predatório e podem ser usadas também para recuperar a imensa área de pastagens degradas da Amazônia. Há mais de 20 anos pesquisadores da Embrapa coletam sementes e produzem mudas de espécies nobres. O êxito desses projetos, no entanto, esbarra no tempo que é preciso esperar para colher as primeiras árvores.

A maioria inicia a produção de madeira para corte só a partir dos 15 anos de idade, mas uma espécie começa a se destacar por conta do seu rápido crescimento.

É o paricá, a espécie florestal nativa mais cultivada do país. Ele pode ser cortado com cinco anos de idade. Sua madeira é usada na construção civil e na fabricação de móveis. Até agora já foram plantadas 60 milhões de árvores, distribuídas em várias fazendas nos municípios de Paragominas e Dom Eliseu, na região nordeste do Pará.

O reflorestamento gera empregos e também ajuda a manter o que ainda resta de floresta nativa, como explica o engenheiro florestal Alessandro Lechimoski. “Com a utilização do paricá de reflorestamento, cada um hectare usado na indústria deixa de utilizar de 30 a 35 hectares de mata nativa. Isso é um ganho ambiental enorme.”

O paricá é parente do guapuruvu, árvore da floresta atlântica. Seu nome científico é: Shizolobium amazonicum. É uma árvore da família das leguminosas que capta nitrogênio do ar e o fixa no solo.

Na mata nativa, o florescimento acontece na época da seca e atrai dezenas de insetos. A árvore fica carregada de flores amarelas que deixam no ar um perfume delicado e doce.

Suas vagens servem de alimento para as araras, principais responsáveis pela dispersão das sementes dele na mata. Macacos e preguiças se alimentam de suas folhas miúdas e também derrubam as sementes maduras no chão. É possível ver dezenas de mudinhas que surgem nas clareiras deixadas pela queda de outras árvores.

Em pleno sol o paricá cresce meio metro por mês nos seus primeiros dois anos de vida. As árvores que atingem a fase adulta se projetam para o céu ocupando o grupo das espécies da mata primária. Suas raízes tabulares do tipo sapopema se entrelaçam, circundando toda a base do tronco.

Apesar da importância do paricá para a região amazônica, o melhoramento genético dessa espécie ainda está engatinhando. Os pesquisadores da Embrapa estão na fase de coleta de sementes para iniciar o trabalho de seleção e melhoramento.

Hoje os pesquisadores consideram o paricá como uma planta semi-domesticada. Suas sementes germinam facilmente e são cultivadas em viveiros irrigados. Em Dom Eliseu a empresa Vale Florestar está pesquisando o paricá partindo dos modelos já desenvolvidos para a cultura do eucalipto.

A floresta de eucalipto é mais uniforme e mais produtiva porque foi plantada com mudas clonadas. Ao contrário do paricá que apresenta árvores finas e grossas e muita variação no crescimento. Para a extração de lâminas de compensado o paricá rende mais porque as árvores são cilíndricas e não têm galhos nos primeiros sete metros do tronco. O eucalipto é cheio de galhos e precisa de poda na época certa para eliminar os nós. Por isso o paricá é hoje a madeira mais cobiçada para a produção de compensado.

Em Dom Eliseu o preço pago pelo metro cúbico do paricá é muito maior que o do eucalipto. Por esta razão os fazendeiros Fernando Pinto e Marcos Tavares estão trocando a pecuária pelo reflorestamento. O plantio tem que ser autorizado pelos órgãos ambientais e o corte também. Eles plantaram 800 mil mudas de paricá numa área de mil hectares.
Fonte: G1

Pica Pau - Reflorestamento a Força

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Colegas Florestais, curtam aí esse vídeo muito Engraçado do Pica Pau...

Abraços Florestais.


Porque o Ministério da Agricultura não atua na reforma do Código Florestal

terça-feira, 1 de novembro de 2011

 




O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e a ministra do ½ Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniram ontem, segunda-feira (31), com senador Jorge Viana, relator da reforma do Código Florestal na Comissão do Meio Ambiente no Senado. Florence e Izabella apresentaram uma posições acertada entre os dois ministérios, a Contag e a Via Campesina e sugeriam a criação de uma seção específica para a agricultura familiar no novo Código Florestal a ser votado na Casa. “É um visão conjunta do Governo com as representações da agricultura familiar. Estamos buscando os melhores caminhos para a produção sustentável neste segmento”, destacou Afonso Florence.

Durante a tramitação do Código Florestal na Câmara dos deputados os ambientalistas do governo tentaram de todas as maneiras retirar do texto a isenção de Reserva Legal para propriedades de até quatro módulos fiscais. Não conseguiram em razão da resistência heroica do Deputado Aldo Rebelo. Uma vez que o texto do Senado precisa ser ratificado pela Câmara, Florence e Izabella sabem que não podem mais mudar esse ponto no texto, uma vez que a Câmara derrubaria. As sugestões dos ministros são pontuais em relação ao texto origina.

Impressionam nesses casos a completa indolência do Ministério da Agricultura. Os ambientalistas e a pequena agricultura estão constantemente sendo representadas junto aos senadores paras pastas do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário enquanto médios e grandes produtores padecem reféns de um ministério aparelhado pelo PMDB e que se eximiu de representar o setor. O Ministério da Agricultura não é mais da Agricultura, é um ministério do Michel Temer. Não representa a Agricultura, representa o Michel Temer.

Os produtores rurais deveriam tomar de volta seu ministério.

Fonte: http://www.codigoflorestal.com
 

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