Durante Expo Floresta, pesquisador da Embrapa destacou crescimento da silvicultura Tema: “Demandas Estratégicas de Pesquisas e Desenvolvimento Florestal no Tocantins”.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Diversas palestras voltadas para a importância da silvicultura, para o Meio Ambiente e para o processo de desenvolvimento do agronegócio marcaram a manhã do segundo dia, 21, do Expo Florestas. O evento, promovido pelo Governo do Tocantins, que acontece no auditório da ATM – Associação Tocantinense de Municípios, reuniu produtores rurais, ambientalistas, pesquisadores e estudantes. O Expo Florestas iniciou na terça-feira, 20 de setembro, e segue com atividades até a tarde desta quarta-feira.

O pesquisador Embrapa Floresta, que atua no Tocantins, Alisson Moura Santos, apresentou nesta manhã uma palestra sobre as “Demandas Estratégicas de Pesquisas e Desenvolvimento Florestal no Tocantins”. Na ocasião, o pesquisador destacou as potencialidades da silvicultura no Estado e o seu crescimento acentuado. Para ele, o crescimento das florestas plantadas será cada vez maior, inclusive nas plantações de seringueira, em virtude dos investimentos realizados para essa cultura no Estado.

Segundo Alisson Moura, o Tocantins possui uma área pouco superior a 13 milhões de hectares de área agrícola, das quais mais de 90% são aproveitadas pela pecuária. A silvicultura ocupa uma área de aproximadamente 80 mil hectares - segundo aponta um levantamento parcial de 2011. Contudo, em 2010 essa área era de apenas 52 mil hectares, fazendo do Tocantins o Estado onde a silvicultura mais cresceu, em números percentuais, de acordo com um levantamento realizado pelo pesquisador da Embrapa.

Lavoura, Pecuária e Floresta

Também presente no evento, na manhã desta quarta-feira, o pesquisador Miguel Gontijo Neto, da Embrapa Milho e Sorgo, com sede em Sete Lagoas/MG, apresentou uma palestra sobre a importância da “Integração, Lavoura, Pecuária e Floresta” para o agronegócio. Segundo o pesquisador, essa prática da integração, sobretudo em áreas climáticas como do Tocantins, só traz benefícios ao solo (e consequentemente ao Meio Ambiente), à produção e também ao bem estar do produtor.

“Temos que produzir cada vez mais alimentos, porque a população cresce a cada ano e não teremos aumento da área de produção, por isso temos que agregar valor nas áreas existentes”, afirmou Miguel Gontijo, ao defender a integração lavoura, pecuária e floresta. Segundo ele, até 2020 a população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas. Atualmente, a população é de 7 bilhões.

Durante sua palestra, o representante da Embrapa Milho e Sorgo citou diversos benefícios da rotação de cultura, como o enriquecimento do solo, a quebra do ciclo de pragas e doenças e a conservação da água, dentre outros. “A monocultura, seja da soja, do milho ou também eucalipto traz riscos climáticos, mercadológicos e financeiros”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, a meta do Governo é recuperar 15 milhões de hectares de áreas degradas, em todo país, e gerar mais de 4 milhões de hectares para a integração lavoura, pecuária e floresta.

Áreas Degradadas

A pesquisadora Carmem Regina Correia, da UNB – Universidade de Brasília apresentou no final da manhã uma palestra sobre “Uso de Espécies Florestais na Recuperação de Áreas Degradadas”. Nessa ocasião, a pesquisadora apontou a plantação de florestas como alternativa para o restabelecimento de áreas degradadas. “Através do reflorestamento podemos promover a retenção do solo, a contenção da erosão, a manutenção da biodiversidade, a beleza cênica e a qualidade dos recursos hídricos”, afirmou Carmem.

Também proferiram palestras no segundo dia do Expo Florestas, Armando Varella, da empresa Energia Floresta e Maria Luiza Sartório, do Viveiro Tocantins, que falaram sobre os desafios da produção de florestas e de mudas no Estado.
Fonte: Portal Stylo
 

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